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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Quanto vale a vida?


Dizem que é errado, mas, até que ponto é correto julgar alguém que, tendo plena consciência de seus atos, tira a própria vida? Considerando a vida o bem mais precioso que uma pessoa pode ter, e considerando também que tudo tem limite, é possível perceber que pra pessoa privar-se de seu bem mais precioso ela realmente precisa estar em seu limite.

Existe uma palavra que define isso de forma razoavelmente simples... Desespero. Uma pessoa, em seu limite, perdida em desespero, muitas vezes só possui uma saída, se ela, depois de jogar todas as cartas na mesa, opta por essa saída, é justo que ela o faça.

Há também quem diga que é covardia, covardes são essas pessoas que apenas acusam sem tomar conhecimento da causa mas que na hora de ajudar o desesperado não fazem nada, esses lixos que se chamam de humanos, maldita raça. Eu, talvez pra contrariar essas pessoas, ou porque realmente ache, acho que é um ato de coragem, e merece respeito, é uma rota de fuga pra uma alma encarcerada.

Pensando bem, o suicídio é só uma forma de adiantar o que vem a seguir, o que vem após a morte, não importa no que você acredite, é uma forma de adiantar isso aí. Uma pessoa em estado normal, pode dizer “Pra que adiantar se você pode aproveitar?” pense o seguinte, uma pessoa em desespero, não está aproveitando, está apenas sofrendo, e sofrer por muito tempo é proporcionalmente pior do que sofrer por pouco tempo, concorda? Nesse caso ele está apenas se fazendo sofrer menos, é um escape, uma solução. E apesar de tudo, um dia você vai morrer, e isso é fato.
Além de todos esses, existem os que dizem que o tempo tudo apaga, e que a pessoa teria uma chance de começar de novo se esperasse, porém, essa espera dói, e dói muito, e pode causar-lhe a loucura, no fim das contas a pessoa morre de qualquer forma, ou ela se desmaterializa daqui, ou ela entra em um estado de loucura e insanidade e fica perdida na própria mente.

E pra deixar bem claro, não estou falando de dramas adolescentes, mas também não negando que adolescentes podem entrar em desespero, estou falando de problemas graves, e sérios, que realmente merecem essas medidas, que, apesar de tudo, são medidas drásticas. Como “diagnosticar” o que é e o que não é grave? Isso depende da pessoa, por mais desesperada que ela esteja ela ainda consegue compreender seus atos, e depende totalmente dela julgar qual sua solução.

Não apoio que façam isso, mas não acho errado, e não gosto que julguem, cada um tem seus problemas, e como resolvê-los não é da conta de ninguém mais além da própria pessoa.

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