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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Sabe O Que Eu Quero?

Andar sem rumo estrada a fora. Pensar na vida e nas voltas que ela dá. Entrar debaixo das cobertas no frio. Sair de casa sem hora pra voltar. Sambar um rock ao som de jazz. Ouvir o mar fazendo chuá. Acariciar filhotes fofinhos. Que a noite seja bela. Uma lua que brilha no céu. Estrelas enfeitando a imensidão. Molhar-me na chuva leve. Espreguiçar-me preguiçosamente. Dizer a todos o quanto os amo. Estremecer de alegria. Irritar o que me irrita. Xingar as coisas que me atrapalham. Alienar-me pensando no universo. Cantar embaixo de uma árvore. Orgulhar-me dos meus feitos. Molhar as plantas do jardim. Erguer as mãos e dançar. Soar o sino da igrejinha. Sentar na rede e descansar. Emitir ruídos baixinhos cantarolando uma canção. Serrar as grades que me prendem. Ousar ir aonde ninguém jamais foi. Reinar um mundo inventado. Rodar com os braços abertos até ficar tonto. Imaginar como seria o futuro se o passado fosse alterado. Sonhar que tudo é bom e feliz. Omitir os meus erros de mim mesmo. Brigar com o vento como uma criança. Orquestrar uma orquestra imaginária. Bocejar tranquilamente olhando o horizonte. Organizar minha vida. Aproveitar minha juventude. Gargalhar livremente sem vergonha de nada. Abraçar as pessoas que eu amo. Rir de minhas próprias bobagens. Olhar pro céu deitado na grama. Tentar achar formas nas nuvens. Andar por pomares carregados de frutas. Queimar madeira pra fazer fogueira. Unir os amigos pra conversar. Encontrar coisas pra fazer, mesmo que o dia esteja frio e chuvoso. Uma única vez na vida. Dar o melhor de mim. Obedecer meu coração. Usufruir da beleza das pequenas coisas. Matar a saudade de quem eu sinto falta. Imitar as caras bobas que as pessoas fazem. Nadar contra a correnteza. Habitar a terra dos sonhos. Afugentar tudo que me faz mal. Viver intensamente. Inalar o doce aroma das flores do campo. Desatar os nós que me impedem de fazer um laço. Aliviar o peso da minha consciência.



Resumidamente?



Esquecer meus problemas, lembrar do que me faz bem, ir além das barreiras da razão, zoar como se não houvesse amanhã.